O PIX ganhou novas regras em 2025 com monitoramento da Receita Federal. Veja como isso pode impactar as transferências e o que muda para você.
O PIX se consolidou como uma das formas mais utilizadas de pagamento no Brasil desde seu lançamento em 2020. Criado pelo Banco Central, ele transformou a forma como as pessoas lidam com transferências financeiras, permitindo transações instantâneas em qualquer horário.
No entanto, novas regras começaram a valer em janeiro de 2025 , e muitos usuários precisarão se adequar às exigências estabelecidas.
As recentes mudanças buscam maior controle e fiscalização sobre as movimentações financeiras, com foco em valores mais elevados. As novas normas, estabelecidas pela Receita Federal, ampliam a fiscalização e exigem o envio de informações detalhadas sobre transações acima de valores específicos.
As novas regras do PIX 2025 exigem mais controle sobre transações acima de R$ 5 mil. Saiba como a Receita Federal vai fiscalizar os valores. (Foto: Jeane de Oliveira / www.noticiadamanha.com.br). O que Muda com a Nova Norma da Receita Federal? De acordo com a Instrução Normativa 2.219/2024 , instituições de pagamento e operadoras de cartões de crédito devem enviar, a cada semestre, um relatório detalhado sobre as transações financeiras de seus clientes à Receita Federal.
A nova diretriz expande o acompanhamento que já era realizado em bancos tradicionais, cooperativas de crédito e outras instituições financeiras.
As instituições financeiras agora têm a responsabilidade de informar ao Fisco transações de maior valor realizadas por pessoas físicas e jurídicas.
Para pessoas físicas , as movimentações que somarem R$ 5 mil ou mais por mês precisarão ser informadas à Receita Federal. Já para pessoas jurídicas , o limite é de R$ 15 mil mensais .
Em princípio, esse monitoramento inclui tanto transferências diretas quanto pagamentos de contas e serviços utilizando o PIX.
As informações serão enviadas por meio do sistema chamado e-Financeira , um documento eletrônico utilizado para repassar dados financeiros ao Fisco.
Quais Dados Serão Fiscalizados? A fiscalização das transações financeiras será feita a partir de critérios pré-estabelecidos. As instituições só precisarão reportar movimentações que ultrapassem os limites mensais.
R$ 5 mil para pessoas físicas R$ 15 mil para pessoas jurídicas As informações que devem ser enviadas incluem:
Pagamentos realizados via PIX. Transações efetuadas no cartão de crédito. Transferências entre contas do mesmo titular. Rendimentos brutos de aplicações financeiras. Operações de câmbio e compra de moeda estrangeira. Movimentações em planos de previdência privada. Pagamentos de seguros de vida. Quotas de consórcio e lances vencedores. Como Funciona o Sigilo Bancário? Embora a ampliação da fiscalização possa causar preocupações sobre a privacidade financeira, a Receita Federal garante que as informações continuarão protegidas pelo sigilo bancário e fiscal.
Não serão divulgados detalhes específicos sobre as transações de cada contribuinte, como descrição de compras ou informações pessoais.
O monitoramento será feito apenas pelo volume total movimentado mensalmente, sem distinção entre as formas de pagamento utilizadas (PIX, cartão de crédito, TEDs ou transferências).
Portanto, apenas os valores consolidados serão reportados ao Fisco, e não o detalhamento de cada compra ou transação individual.
Qual o Objetivo Dessa Fiscalização? A Receita Federal afirma que o monitoramento de grandes movimentações financeiras tem como objetivo principal:
Identificar e prevenir fraudes fiscais. Combater a sonegação e práticas irregulares. Melhorar o gerenciamento de riscos tributários. Garantir mais transparência e controle financeiro. Enfim, o novo modelo busca aprimorar a gestão tributária e permitir que o governo ofereça serviços mais adequados à sociedade, ao mesmo tempo em que previne omissões de informações em declarações de renda e movimentações financeiras de alta quantia.